Após comemorar 4 anos de fundação, em outubro o coletivo Kizomba Yetu irá se apresentar na Festa dos Imigrantes. Já em novembro, o coletivo realizará um evento especial alusivo à Independência da Angola, que é comemorada no dia 11 de novembro. De acordo com o Registro Nacional de Estrangeiros, cerca de 21 mil angolanos moram no Brasil registrados. A principal ideia do coletivo é oferecer um importante intercâmbio cultural entre as nações lusófonas.
De acordo com Vanessa Dias, idealizadora e coordenadora do coletivo, pesquisadora das danças africanas desde 2016, esses eventos são uma forma direta de levar não só a dança para outras pessoas, mas toda história que há por trás dela. “Queremos promover a diversidade cultural, apresentar outras curiosidades do país, como pratos típicos, danças, música e gastronomia. Além disso, o nosso objetivo é trazer essa diversidade cultural por meio de eventos contínuos, buscando mostrar que esse intercâmbio entre culturas já está presente no nosso dia a dia”, diz.
O Coletivo Kizomba Yetu nos últimos anos
Durante os 4 anos de coletivo e do projeto Intercâmbio Cultural Brasil e Angola, o Kizomba Yetu iniciou com as atividades presenciais, precisou passar por um momento de adaptação aos eventos online durante a pandemia do Covid-19 e agora está voltando para o presencial. “Nesses últimos anos, nós já oferecemos 90 eventos, sendo que 15 aconteceram de forma online. Mais de 4 mil alunos já passaram pelos workshops que oferecemos. Em 2022, nós já tivemos muitas conquistas. Novamente, fomos patrocinados pela Secretaria Municipal de Cultura, podendo levar a arte e a cultura da melhor forma possível para as pessoas”, conta Vanessa.
Além disso, esse ano o projeto chegou à comunidade de Heliópolis, em São Paulo, através da parceria com o CEU Heliópolis, onde foram realizadas diversas atividades como workshops de danças angolanas e brasileiras, além de uma Mostra Cultural em homenagem ao dia D’África. “Esse ano, nós também conseguimos abrir o Studio de Dança Kizomba Yetu, onde os alunos podem aprender e aperfeiçoar suas danças brasileiras e angolanas. No final de julho, o coletivo também foi homenageado com troféu e certificado de reconhecimento pelo seu trabalho com as Danças Angolanas no Festival Ibero-Americano de Arte e Cultura pela Paz, em Mauá”, complementa.
Para Vanessa, as conquistas nos últimos quatro anos mostram que está dando certo a busca em trazer diversidade e conhecimento sobre a cultura angolana. “Nós temos como propósito divulgar e propagar os ritmos brasileiros e angolanos fortalecendo, respeitando e cultivando as origens e laços culturais. A nossa maior intenção é trazer a importância da cultura como potência econômica e ferramenta de transformação social, proporcionando através da dança uma experiência única, com alegria, saúde física e mental num ambiente familiar e acessível a todos”, conclui Vanessa Dias.
Sobre o Kizomba Yetu
O coletivo “KIZOMBA YETU” termo que vem de uma das línguas nacionais angolanas – o “Kimbundu” que pode ser traduzido como “A Nossa Festa”, – realiza manifestações socioculturais, na capital de São Paulo. O principal objetivo é promover a cultura e as danças angolanas através de aulas de Kizomba, Semba, Kuduro, entre outras. O coletivo existe desde agosto de 2018. É formado por brasileiros, angolanos, guineenses e franceses, residentes em São Paulo, onde realiza-se atividades de intercâmbio cultural. Em 2019, o coletivo foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura no programa VAI 1 (Valorização de Iniciativas Culturais) para realização do projeto denominado “Intercâmbio Cultural Brasil & Angola”. Foram realizados vários Workshops de Danças Angolanas, nas Casas de Cultura e Centros Culturais de São Paulo, com entrada gratuita. Desde a inauguração do KIZOMBA YETU já foram realizadas uma média de 90 eventos e neles passaram mais de 4.000 alunos, atuamos em diversas regiões de São Paulo, como: Sé, Brás, República, Bela Vista, Jabaquara, Freguesia do Ó, Jardim Peri Alto, Sacomã/Ipiranga e na Avenida Paulista, além de participação em outros eventos culturais.