quinta-feira, novembro 21, 2024

Coordenadora artística do projeto ‘Biografias em Cena’ fala sobre os ganhos gerados pelo ‘fazer teatral’ na vida de crianças e jovens de perfis diversos

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Para Deborah Hathner, projeto comprova que ‘juntar é sempre melhor que separar’…

O teatro é, sem dúvida, um das linguagens artísticas mais inclusivas. Sua origem, que remonta à Grécia Antiga, já nos apresenta aspectos que ressaltam o quanto o ato de contar e dramatizar histórias também é instrumento de socialização.

Justamente por isto, o projeto Biografias em Cena, realizado pelo IOK (Instituto Olga Kos), tem sido ‘palco’ de grandes aprendizados entre os participantes. Quem conta essa história é a coordenadora artística do projeto, Deborah Hathner: “o Biografia é um projeto de inclusão pela arte do teatro. A proposta é trabalhar a linguagem como forma de desenvolvimento sociocultural dos participantes. Atendemos cerca de 80 pessoas na Casa do Cristo, instituição parceira situada em Itaquera, zona leste. O diferencial desse projeto é que além de explorar a linguagem teatral partindo do ponto da biografia, fazemos isto a partir também da realidade, do conhecimento e do pertencimento que cada participante traz consigo. Outro diferencial que favorece as atividades é que estamos com uma turma bastante diversa. Nós temos jovens e crianças com e sem deficiência partilhando com a equipe essa experiência do fazer teatral, ambos com as mesmas oportunidades. Este tem sido, na minha opinião, o maior ganho do projeto. Essa troca do jovem típico que nessa fase adolescente é mais dramático, reclamão e um tanto preguiçoso, com a criança que está bem agitada e é ainda pouco compreensiva; de ambos com o jovem atípico que tem vontade de aprender, está disposto e que quer ocupar em pé de igualdade seu lugar nesse mundo, ainda excludente, cria um ambiente rico e diverso”, observa. “Então vemos uma troca de aprendizado muito grande por consequência das posturas apresentadas, onde um acaba sendo espelho do outro. E vamos tentando equilibrar a balança de um lado que brilhe pra todos. Acredito que esse fato é nosso maior desafio, mas vivemos e vamos construindo caminhos de maneira feliz, porque isso pra mim é que é inclusão. Mas estamos no meio de um processo e isso é apenas um recorte dele, apesar disso, espero que sirva pra gente pensar que juntar é sempre melhor que separar”, conclui.

Da redação
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