Os livros sempre foram fortes aliados para a nossa saúde mental e, em tempos de pandemia, são uma ótima alternativa para amenizar o impacto do confinamento em nossas vidas. Ler é uma forma saudável de explorar o mundo sem sair de casa, alivia o estresse e nos deixa mais felizes.
Para a escritora Isa Colli, a literatura tem o poder de mudar o mundo. “Mas para que isso aconteça precisamos de leitores”, completa. A autora, que é diretora da editora Colli Books, afirma que o isolamento social se apresenta como uma ótima oportunidade para aproximar as crianças do universo literário.
“As famílias podem aproveitar esse momento para incluir a leitura entre as atividades de lazer. As crianças estão o dia inteiro em casa e é preciso criar estratégias para evitar que fiquem ociosas. Uma dica é criar um ambiente acolhedor de leitura, deixar os livros sempre à mão para que os pequenos possam manipular e até brincar com eles. A contação de história também pode ajudá-las a passar por essa fase com mais tranquilidade”, diz Isa.
Opção para adultos
Este período de pandemia, que provocou tantas mudanças na rotina das pessoas e o aumento das incertezas sobre o presente e o futuro, a literatura tem cumprido o seu papel amenizando as ansiedades dos leitores.
A escritora sugere a leitura, escrita e o desenho como exemplos de atividades para combater os sentimentos ocasionados pelo confinamento.
Usar a tecnologia a favor
Neste “novo normal” as tecnologias não podem ser desprezadas. As novas gerações praticamente já nascem rodeadas por elas. Uma cena comum é ver bebês manipulando com extrema facilidade e familiaridade aparelhos celulares e tablets. Então, o que fazer para cativar esse futuro leitor?
“Na Colli Books, usamos a tecnologia justamente para nos aproximar da garotada. Trabalhamos a interação com as crianças por meio das redes sociais. Elas participam de vídeos temáticos e até das lives promovidas pela editora. Se gostam de tecnologia, chegamos com os livros por meio dela. E tem dado muito certo. A criança se encanta com esse universo lúdico e sente interesse em materializar a história, em tocar naquele livro que ela viu nos vídeos, em ver de perto a cena de um post do Instagram. Nesse momento percebemos que cumprimos a missão de trazer a criança para o mundo real da leitura”, destaca.