Dead Fish e Algohits estão juntos em coleção exclusiva de ‘Zero e Um’

Dead Fish e Algohits estão juntos em coleção exclusiva de ‘Zero e Um’

Clássico da banda de hardcore completa duas décadas e recebe estampas de renomados ilustradores brasileiros

Um verdadeiro clássico do cenário hardcore nacional completou 20 anos de seu lançamento em abril de 2024. Zero e Um, do Dead Fish, é lar de faixas icônicas que até hoje são amadas pelos fãs, como “Queda Livre”, “Urgência”, “Você” entre tantas outras, ganhou uma turnê comemorativa no fim do ano passado em que a banda preparou uma setlist dedicada para os amantes do disco — e a Algohits, produtora e distribuidora do merch oficial do Dead Fish, obviamente não ficou de fora dessa.

Para andar bem trajado no amplo progresso entre zero e um, a fim de celebrar os 20 anos e toda a importância dessa obra do rock nacional, a Algohits, em parceria com o Dead Fish, elaboraram uma coleção exclusiva de camisetas temáticas do disco. E para as estampas ficarem à altura de tamanha importância do álbum, três grandes ilustradores foram convidados a dedo para desenvolver desenhos das principais músicas do trabalho.

Jonas Santos, Arthur Traldi, Wagner Loud (ou LOUD) foram os escolhidos para assinarem as estampas desse drop exclusivo, que contou com seis camisetas exclusivas, vendidas no site da Algohits e nos shows do Dead Fish.

“É uma honra enorme para a Algohits estar presente nesse projeto tão importante que são os 20 anos de um clássico do hardcore nacional, o Zero e Um do Dead Fish”, revela o CEO da Algohits, Moises Bekerman. “A nossa preocupação e atenção ao merch está presente em todos os mínimos detalhes, desde a confecção dos modelos, escolha de tecidos, passando pelo tingimento e pré-encolhimento, modelagem, corte, costura, estamparia e acabamento, e para esse drop não seria diferente.”

Faixa a faixa; estampa a estampa.

Uma das músicas da obra escolhidas para serem representadas em desenho foi “Há Urgência”, desenhada por Arthur Traldi. Essa estampa conversa muito com a própria concepção do Zero e Um, em 2003, em que o vocalista Rodrigo Lima enxerga que era só o começo de algo muito maior que estava por vir. Pensando nessa representação visual, o ilustrador trouxe um sol nascendo em meio à catástrofe, equilibrando as temperaturas de cores de uma forma que ainda trouxesse um olhar positivo em meio ao desastre, além de detalhes bem pensados como os números zero e um jogados aos escombros.

“A gente conseguiu pensar na representação visual do sol nascendo em meio à catástrofe, aos escombros. Nessa ilustra tem um zero e um jogado, quebrados ali na frente; um sol inspirado em sóis místicos; algumas bandeiras da América Latina; e esse sol traz a coloração, a estampa é sóbria, mas o sol traz uma coloração bem quente, essa positividade, esse olhar otimista, essa coisa quase… bem presente em obras tipo o Fallout, que traz essa satirização do olhar positivo em meio ao desastre”, revela o ilustrador.

Já as faixas “Queda Livre”, “Bem Vindo ao Clube” e “Você” ficaram por conta de Jonas Santos traduzir para a ilustração. A primeira acabou resultando numa estampa que conversa muito bem com a autoreflexão, colocada na própria letra. Aqui temos uma história contada em quatro quadros, trazendo um verso da canção para cada um deles. O cenário escolhido foi a chuvosa e cinza cidade de São Paulo, que já traz um sentimento melancólico e introspectivo para qualquer história. Aqui a ilustração conta a história de um rapaz que saiu para pensar na própria existência, mas que a cada passo dado, seu corpo afunda em suas reflexões. A conclusão final é sobre encarar seus demônios de frente, e como insistir em ignorá-los acaba atrasando todo o processo.

“Por mais que pareça que você está se afundando, você está mais perto de resolver seus problemas”, explica Jonas Santos.

Outro desenho assinado por Jonas Santos para a coleção de Zero e Um foi para a clássica e super amada pelos fãs, “Bem vindo ao clube”. “No meio do caminho a gente descobriu que essa música é bem pessoal para o Rodrigo, principalmente”, comentou o artista. Segundo ele, a ilustração aborda o momento em que o vocalista fundou um partido político junto a outros dois colegas. No meio do caminho, o projeto acabou se rachando, e é por isso que essa estampa é tão rica de detalhes e referências à letra e, sobretudo, à época que a história é contada.

A ilustração brinca com esse humor satírico com o fim do mundo, trazendo uma linguagem de opostos entre a turbulência da catástrofe, representada aqui pela ampulheta, e a tranquilidade e calmaria diante do fim do mundo, representada aqui pela figura do cachorro. São diversos elementos presentes nessa ilustração que funcionam como easter eggs: a areia da ampulheta formando o mapa da América Latina, trazendo aqui a força do povo; a simbologia do cachorro pincelando a ideia existencialista e niilista da época desse partido político; as setas que formam uma bússola a fim de representar a dúvida sobre algum retorno do que está por vir e a frase “Bem-vindo ao clube! Celebrar o fim, seja feliz!”, para fechar essa ilustração com chave de ouro.

Já para “Você”, o ilustrador descreve o desenho como “um humor meio sarcástico”, já que “quem ouve a música saca que o cara tá falando uma história, de alguém lutando por alguém sendo que na última frase é sobre dinheiro.”

O Dead Fish tem o dom de cartadas finais poderosas em cada uma de suas músicas, e para “Você” não poderia ser diferente. Enquanto na letra dá-se a impressão de contar uma história, o verso final traz essa revelação de que tudo não é o que parece ser – é sobre dinheiro, no fim das contas. Isso aqui foi representado na ilustração pelo porquinho no meio da armadilha, de uma forma que traduza o sarcasmo dos versos para o desenho, sem falar o que ele dizia ser o tempo inteiro.

Já o ilustrador LOUD assinou o pôster oficial da comunicação dos shows comemorativos da banda, que também acabou virando uma estampa na coleção do merch. “Esse disco é um marco do hardcore sul-americano e um dos meus favorito”, contou ele no Instagram, ao revelar a ilustração.

Além disso, o artista também foi responsável pelo desenho da canção “Zero e Um”, outro clássico do disco e a mais diferente de toda a coleção. “Foi uma ideia de alienação pelas telas e pelo consumo. Tentei colocar em uma imagem como a gente se aliena e se mantém ocupado o dia todo, ouvindo, falando e vendo por telas de computador e televisores”, revela ele, referindo-se ao robô ao redor de várias telas. “Uma pessoa ao centro que não sabemos se é homem ou mulher mas que está interligada em tudo o que está acontecendo, mas ao mesmo tempo não está interligada em nada, perdida no meio de tanta informação desnecessária.”

A coleção comemorativa de Zero e Um do Dead Fish, está disponível por meio do site oficial da Algohits e nos shows da banda por todo o país. As peças são limitadas.

Sobre a Algohits

Fundada em 2021, a Algohits é a primeira MusicTech do Brasil. Por meio da tecnologia, a startup busca desbloquear os fluxos de receita na indústria da música através de dados e marketing digital 360, atuando junto aos artistas na elaboração da estratégia de comunicação e produtificação.

Da redação

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