Autor separa alguns pontos que devem ser lembrados antes de escrever o seu livro
Ler diariamente, passando inúmeras horas imerso na realidade paralela dos livros, pode despertar o interessante de chamar um de seu, principalmente nos jovens leitores, mas apesar de ter o livro na rotina constantemente, escrever sua própria história pode ser um grande desafio para esses leitores que buscam dar um upgrade no seus status relacionado ao mundo da escrita.
Pensando nisso, Léo Luz, roteirista dos projetos “Vai que Cola” e “Até que a Sorte nos Separe”, também autor da obra “Cartas para Anna – Ou crônicas de um amor que não deu certo” e “Amor Otário Amor”, separa os melhores conselhos para quem quer escrever seu próprio livro de romance.
“Acho importante não sair muito da realidade. Eu escrevi Cartas para Anna, por exemplo, um livro que eu me baseei num relacionamento meu que durou alguns anos, ali eu coloquei a minha experiência de compartilhar a minha vida com a mulher que passei por um longo tempo, o que chamou a atenção dos meus leitores, seguir a realidade é mais atrativo, é mais verossímil, algo essencial para uma boa leitura. O lema “escreva sobre o que você conhece”, muito utilizado pelo Stephen King, deve ser uma regra pétrea para quem está começando. É bem mais fácil para um estudante de medicina escrever sobre um médico do que sobre um mecânico de tratores”, aponta o Léo.
Pensando na realidade, no dia a dia, assim como em qualquer outra relação não amorosa, há conflitos, há desentendimentos, e apesar de romances serem tidos por muitos como uma fórmula de escape da realidade, esse confronto é necessário para manter a história atrativa e também mais próxima ao mundo real.
“Sim, os livros servem para você sair um pouco da realidade quando está meio para baixo, por conta disso muitos escritores lançam mão de clichês românticos e estilísticos para encantar o leitor, mas o uso exagerado pode causar o efeito contrário e acabar afastando o leite. O clichê funciona e tem um motivo para ser tão utilizado, mas se for adicionar esse recurso na sua obra, faça com atenção, maneirando na mão. O clichê é uma arma poderosa, mas que pode explodir nas suas mãos”, aconselha.
“Parece óbvio mas é sempre bom reforçar, leia livros constantemente, principalmente os romances, além de proporcionar uma inspiração na hora de escrever, a sua escrita será mais rica em detalhes, a estrutura do seu texto será superior já que você tem bagagem nas costas, um vocabulário rico é essencial para escrever um livro bom e coerente”, afirma o roteirista.
Léo explica que ler os livros de romance ajudará a melhorar sua construção de trama, criando personagens construtivos para a história e que terão papéis decisivos ou não para o andar dela. Crônicas e contos são ótimos para afiar sua escrita, mas no romance você tem a noção de uma trama em um espaço maior, sendo contada com mais tempo.
“Falando em personagens, a maioria das histórias possuem os principais, que o enredo irá girar em torno deles, como um casal, por exemplo, e os secundários, que estarão ali para ajudar a incrementar a história mas não serão tão impactantes, e engana-se quem acha que dá para escrever um livro só com os personagens principais, apesar de não serem tão relevantes, eles precisam marcar presença. Estes personagens secundários ajudam a mover a trama para frente e tem funções importantes na história”, recomenda o autor.