“Usado por autoridades reais. Simbolicamente, é considerado o portador das forças divinas. Além de um atributo dos deuses, pertence à divindade, geralmente empunhado na mão direita afirmando seu poder”: esta é a definição de “bastão de ouro”. Para Diego MC, no entanto, é música, irreverência e expressão cultural. E foi apostando na temática que o funkeiro carioca lançou, no último domingo (19), a primeira aposta para a música em 2020.
Focado no Carnaval e no desenvolver de seu trabalho, Diego vem mostrando nos eventos mais importantes da música e por onde transita, todo o seu diferencial. Com influências que vão desde o funk ao R&B norte-americano, passando pelo samba e o pagode, o artista acrescenta brilho à música brasileira.
Com um visual arrojado, o funk 150 BPM, popular divisão de um dos gêneros musicais mais característicos do Rio de Janeiro, foi o que impulsionou o trabalho de Diego. Mas o entendimento e visão própria de que poderia trabalhar com o que ama foi surgindo aos poucos. “Eu percebi que poderia cantar após trabalhar com dança – eu fazia parte do Grupo Show de samba da Mangueira – e vi que poderia ir mais além. Foi aí que a música me escolheu”, explica o artista.
Para o lançamento, no entanto, Diego resolveu ousar. Com uma estética única e apostando em suas origens na dança, o artista performa o clipe em um dos novos cartões-postais do Rio de Janeiro: a Rio Star, roda gigante com 88 metros de altura instalada na Zona Portuária da cidade. “Esse clipe é diferente de tudo o que eu fiz. Não apenas por se tratar de um trabalho mais visual e apostar numa pegada dançante, mas porque é um olhar meu sobre minha carreira. Além de tudo, eu quis me divertir.”, comenta Diego.
Em crescimento profissional, bem como na vida pessoal, Diego reflete sobre seus trabalhos desde o lançamento de “Vem Menina”: “Era uma música que falava sobre um casal heterossexual, onde o cara não conseguia mais ficar sem a presença da menina e a culpava por deixá-lo apaixonado”, relembra. Agora, com um romance visualmente homossexual, ele quer mostrar todas as suas faces. “Eu nunca quis me encostar nas causas as quais eu luto. Esse é o primeiro trabalho onde eu mostro quem sou nesse sentido, mas não quero ser conhecido por ser ‘A’ ou ‘B’. Eu sou cantor, funkeiro, e gay. As questões não se sobrepõem, elas vivem em equivalência”, explica o artista.
Veja o clipe de “Bastão de Ouro”:
Sobre Diego MC:
Aos 28 anos, Diego MC é uma das grandes revelações do funk carioca nos últimos anos. Com seu estilo característico e sons de batida 150 BPM, o carioca vêm se destacando no segmento, com shows e apresentações em eventos renomados como o “Meu Carna é Funk”, além de apresentações em algumas das casas de shows mais importantes do Rio de Janeiro, como a Fosfobox, NAU, entre outros.