A musa trans do carnaval carioca Priscila Reis fala de sua relação com seu pai e como ele a ajudou e a apoiou para ser quem é hoje
Neste carnaval a musa trans Priscila Reis brilhou e levantou a bandeira da diversidade e da inclusão social. Com muito samba no pé e exibindo um corpo sarado, ela foi o grande destaque da Acadêmicos do Sossego.
Priscila afirma que todas as conquistas que teve até aqui só foram possíveis graças ao apoio familiar, em especial do seu pai: “Resolvi contar pra ele que iria assumir minha verdade quando eu tive certeza que estava fazendo a coisa certa, há 10 anos.
Precisava colocar pra fora toda os sonhos sentimentos que viviam dentro de mim. Eu acordei no outro dia com ele chorando na minha cama. Ele nunca fala que me aceita mas sempre fala que me entende. Nunca me abandonou e me apoiou desde o início. Não tem sido apenas um pai, mas um anjo”.
A musa revela que até hoje seu pai é sua maior torcida: “No dia que apareci na TV em um concurso de samba ele me ligou revoltado dizendo que eu não sorria (risos). Ele me apoia em tudo. Até cirurgia de nariz ele já pagou pra mim”.
Priscila tem uma relação de afeto com seu pai e conta que isso se estende também ao profissional: “há 3 anos eu voltei a trabalhar pra ele e tem sido muito bom pra mim poder também fazer parte da vida profissional do meu pai. Faço o meu melhor porque é uma honra trabalhar pra ele. Hoje sirvo como referência pra outras trans, pois não é todo dia que você vai ao balcão de uma loja e quem te atende é uma transexual. Quero levanta essa bandeira, de que transexuais devem estar plenamente inseridos na sociedade e não são diferentes de qualquer outra pessoa”.