O Teatro Fashion Mall reuniu, no último final de semana, nomes importantes da psiquiatria nacional e internacional para a XXVI Jornada de Psiquiatria, organizada pela APERJ. Realizada nos dias 09 e 10 de agosto, no shopping carioca homônimo ao teatro, o encontro levantou reflexões importantes sobre o futuro da saúde mental.
Presidida pelo psiquiatra Marcos Gebara, a Associação Psiquiatra do Estado do Rio de Janeiro conseguiu trazer assuntos polêmicos, instigantes e momentos que, certamente, ficará na memória de quem esteve no local, como a apresentação do grupo de dança Ginga Tropical e seu número “Acquarius”, assim como os simpósios e mesas-redondas com foco em saúde mental.
“Este evento é uma oportunidade única de aprofundar conhecimentos e debater assuntos cruciais com alguns dos maiores especialistas da área”, diz Gebara.
Com o tema EPICE, um acróstico formado pelas palavras “Estilo de vida, Psicodélicos, Intervencionismo, Cannabis e Espiritualidade”, o objetivo do encontro foi promover uma discussão aberta e baseada em evidências sobre algumas das questões mais desafiadoras e controversas da psiquiatria contemporânea. Em francês, “épicé” significa “apimentado”, termo que refletiu com exatidão a natureza estimulante e desafiadora das discussões propostas.
O encontro também foi importante para o aprendizado pessoal de cada profissional que esteve presente: “Nós conseguimos ter a sorte de reunir expoentes da psiquiatria para falar dos assuntos que nós nos propusemos a falar. Então, as discussões, as conferências e as mesas foram super produtivas, super elogiadas. Uma curiosidade foi o fato de que os palestrantes ficaram para assistir os outros, o que mostra que os temas eram bem interessantes. Isso foi uma coisa muito positiva e isso tem gerado muitos comentários elogiosos. Eu estou muito feliz com o resultado, pois foi um evento de relevância científica e também serviu para um congraçamento entre os amigos”, afirma o presidente.
Entre os profissionais presentes, a Jornada contou com Alexander Moreira-Almeida, professor de psiquiatria e psiquiatra da Associação de Psiquiatria da América Latina, que foi responsável pelo painel “Cannabis em Psiquiatria: há evidências?”, e com José Alexandre Crippa, professor de psiquiatria, neurocientista e Chefe do Departamento de Neurociências do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, responsável pelo painel “Espiritualidade em Psiquiatria”.