Tramita no Congresso Nacional, além da PEC, Projeto de Emenda à Constitucional, um Projeto de Lei sobre os combustíveis. O tema, que deveria ser amplamente discutido na base mais comum de brasileiros, deixa pontos sem entendimento, o que para alguns especialista pode acarretar em equívocos no processo.
Ricardo Leite, Estrategista-Chefe da Diagrama Investimentos, analisa, deve ser benéfico para população em geral alguns incentivos para o diesel que é o principal combustível, utilizado para o transporte de cargas e isso afeta diretamente a cadeia de abastecimento encarecendo o preço do frete e assim atingido todos os itens que chegam às mesas da população.
Uma outra questão é o receio para os cofres públicos, a falta de arrecadação de impostos federais, entre eles estão o CIDE, PIS e COFINS, sem esses tributos o governo pode ultrapassar o teto de gastos, e o mercado financeiro pode reagir de forma abrupta sem essa receita.
“Avaliando algumas isenções para o preço da gasolina, vejo mais como uma medida populista do que efetiva para a população que mais sofre com o preço do combustível. Uma vez que no Brasil a base da pirâmide, que são os mais atingidos pela inflação, utilizam muito mais o transporte público do que veículo próprio,” explica Ricardo.
Leite também vê outros caminhos como uma medida de redistribuição do próprio lucro recebido pelo estado que poderia financiar a recompra de combustíveis e assim subsidiar para a população.
“Esse é um assunto que deve ser discutido com cautela, uma vez que com controle fiscal e taxas de juros de volta aos dois dígitos, podemos ter uma melhora substancial no câmbio. E isso pode influenciar diretamente o preço do combustível, sem a necessidade de mais intervenção direta,” finaliza o estrategista-chefe da Diagrama Investimentos.